Acampamento de Verão 2008

as aventuras de um agrupamento em campo!

quarta-feira, 29 de março de 2006

Vamos é trabalhar!



Há uns tempos, um colega meu comentou comigo um facto que acontece todos os dias na cidade de Lisboa que eu nunca tinha reparado. Desde então, tenho verificado a sua veracidade, ao mesmo tempo que me interrogo sobre as razões para tal acontecer.

Pois bem, hoje, pelas 11h e 26m, tive de me deslocar de carro num curto trajecto dentro da cidade e reparei mais uma vez que a cidade estava cheia de trânsito àquela hora.

Já não sendo hora de chegada ao trabalho (partindo do princípio que a maioria das pessoas chega ao seu posto de trabalho até às 10 horas, o que já considero excessivo) e que ainda não é hora de almoço, interrogo sobre o facto da cidade estar a abarrotar de trânsito a uma hora de trabalho.

São taxistas, vendedores, médicos em visitas domiciliárias, estudantes universitários no seu primeiro carro ou até desempregados na ânsia de obter o tão desejado emprego que entopem a cidade?

Sinceramente, julgo que não !!!

Hoje, nas filas de trânsito, olhava em volta para os outros carros e pareceu-me ver muito boa gente que devia estar no seu posto de trabalho, a trabalhar, a produzir, a contribuir para o sucesso da sua entidade patronal e do seu país. Ao invés, de chegar tarde, ir às compras, estar de baixa pela baixa, passear, ir levar o carro à revisão (que durante o ano acontece pelo menos 20 vezes), marcar uma consulta para a avó (que infelizmente até já faleceu) e por aí fora …desculpas não faltam!

Mais cedo ou mais tarde, o “tuga” terá de perceber que tem de trabalhar de forma diferente para se aproximar económica, social e até civilizacionalmente dos países que vão 50, 40 e 15 anos à frente. E alguns deles até “começaram a corrida” mais tarde, como são os casos da Irlanda e da Espanha.

Não é mais tempo de trabalho que se pede (embora às vezes seja necessário). O que se pede é só aquilo que cada cidadão activo e saudável tem obrigação moral de fazer, dentro da comunidade em que está inserido. Ou seja, dignificar o valor do trabalho, laborando de forma profissional, responsável, dedicada, com respeito, sem fingimentos e esquemas (como pedir ao colega que marque o ponto por si).

Sendo mais produtivo e fazendo mais e melhor em menos tempo, o “tuga” poderá ser mais bem pago e ter mais tempo disponível de forma meritória, para o que mais gosta de fazer. Só assim se chega a uma sociedade mais à frente.

Enfim…, a minha vontade era gritar Vamos é trabalhar !!!

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