Calço umas meias de cano alto que me caem até ao tornozelo. Lembro como era quando tinha jarreteiras para as segurar. Preparo-me para uma caminhada, mas falta-me a vara e o chapéu. Bato a uma porta, tenho sede. Lembro quando não me olhavam com desconfiança quando tinha lenço ao peito. Desisti porque achava que tinha crescido, não sabia lidar com a falta de tempo e não conseguia ser fiel ao compromisso. Mas e o que fica? A nostalgia, a recordação- lembro daquele interminável raide na linha que afinal não foi assim tão grande.. E o primeiro acampamento? Na casa do Pedro, que frio rapei. De empurrar a Madalena pela Serra da Arrábida acima, os acantonamentos de Natal sempre no frio, as trocas de presentes. O primeiro acampamento de Verão!! Os mosquitos, a Raia (bem haja!) "isto aqui não é a América!", os banhos matinais, as brincadeiras com os lobitos, a praxe de campo. A promessa, o lenço, as jarreteiras, o chapéu, a madrinha Joana. Mais tarde a promessa azul, a confiança, a "canoa", o padrinho André. Ser madrinha.. Os fogos-de-conselho! Os raspanetes. As partidas à noite e os assaltos ao castelo; o ACANAC, a constelação (Al Nyiat- frota ao ataque!), as construções e a força do grupo. A missa, as leituras e as vozes desafinadas do coro. Os encontros à porta da igreja e o nosso canto na sede.- os amigos e OS VALORES. Apesar das recordações e nostalgia fazerem parte de mim todos os dias, são vividas de maneira diferente cada dia, são transformáveis e são, a cada momento, interpretadas de maneira diferente. Já os VALORES, esses, caminham comigo dia-a-dia imutáveis, constantes, fortes- a certeza que cresci e aprendi é indelével.
Pantera Persistente peço desculpa pelo desabafo ser tão grande, mas às vezes fica tanto por dizer...
1 comentário:
Calço umas meias de cano alto que me caem até ao tornozelo. Lembro como era quando tinha jarreteiras para as segurar.
Preparo-me para uma caminhada, mas falta-me a vara e o chapéu.
Bato a uma porta, tenho sede. Lembro quando não me olhavam com desconfiança quando tinha lenço ao peito.
Desisti porque achava que tinha crescido, não sabia lidar com a falta de tempo e não conseguia ser fiel ao compromisso.
Mas e o que fica?
A nostalgia, a recordação- lembro daquele interminável raide na linha que afinal não foi assim tão grande.. E o primeiro acampamento? Na casa do Pedro, que frio rapei. De empurrar a Madalena pela Serra da Arrábida acima, os acantonamentos de Natal sempre no frio, as trocas de presentes. O primeiro acampamento de Verão!! Os mosquitos, a Raia (bem haja!) "isto aqui não é a América!", os banhos matinais, as brincadeiras com os lobitos, a praxe de campo. A promessa, o lenço, as jarreteiras, o chapéu, a madrinha Joana. Mais tarde a promessa azul, a confiança, a "canoa", o padrinho André. Ser madrinha.. Os fogos-de-conselho! Os raspanetes. As partidas à noite e os assaltos ao castelo; o ACANAC, a constelação (Al Nyiat- frota ao ataque!), as construções e a força do grupo. A missa, as leituras e as vozes desafinadas do coro. Os encontros à porta da igreja e o nosso canto na sede.- os amigos e OS VALORES.
Apesar das recordações e nostalgia fazerem parte de mim todos os dias, são vividas de maneira diferente cada dia, são transformáveis e são, a cada momento, interpretadas de maneira diferente. Já os VALORES, esses, caminham comigo dia-a-dia imutáveis, constantes, fortes- a certeza que cresci e aprendi é indelével.
Pantera Persistente
peço desculpa pelo desabafo ser tão grande, mas às vezes fica tanto por dizer...
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